quinta-feira, 19 de julho de 2012

Livraria Selexyz Dominicanen



Essa incrível livraria ocupa uma antiga igreja dominicana construída no século 13, localizada em Maastrich, nos Países Baixos. O projeto é dos arquitetos Merks+Girod Architecten. O prédio foi restaurado e adaptado - mas sem perder os traços originais. Este deixou de ser utilizado como igreja já em 1794, passando a ser utilizado com fins militares, depois de confiscado pelo exército de Napoleão.

Com arquitetura gótica, a livraria Selexyz Dominicanen estimula a cultura da leitura, através de um ambiente que propicia a interação leitor/livros. São inúmeras as quantidades de prateleiras formando corredores, fazendo um excelente uso do amplo espaço de 750 metros quadrados de área (de um total de 1200m quadrados).
Móveis modernos deixam o clima do local mais leve e agradável devido ao seu design funcional. A sensação é de uma viagem no tempo. É possível ficar horas admirando as belíssimas pinturas no teto e analisar todos os detalhes da construção, a exemplo das longas janelas de vidro, característicos da Idade Média.
O local ainda oferece uma área de café muito recomendada pelos guias turísticos da região, e comercializa não apenas livros, mas também revistas, jornais, cartões-postais e até mesmo Moleskines. A delirante Selexyz Dominicanen foi eleita a melhor livraria do mundo pelo The Guardian, em 2008. Os arquitetos da Merks+Girod Architecten venceram o tradicional prêmio "Lensvelt de Architect", pelo extraordinário design interior da construção.

terça-feira, 17 de julho de 2012

O WABI-SABI NA ARQUITETURA


Wabi = aceitação, memória, desapego
Sabi = inguagem visual 
 
O Wabi-Sabi é a arte da imperfeição, a arte de perceber a beleza que se esconde nas frestas do mundo imperfeito. É uma filosofia japonesa, um conceito oriental que marca um caminho estético.

Esta expressão os japoneses inventaram para definir a beleza que mora nas coisas imperfeitas e incompletas. O termo em si é quase que intraduzível, mas consiste em ver as coisas através de uma ótica de simplicidade, naturalidade e aceitação da realidade.


Um pouco da história: contam que o conceito surgiu no século 15. Um jovem, Rikyu, queria aprender os complicados rituais da Cerimônia do Chá e procurou o grande mestre Takeno Joo. Para testar o rapaz, o mestre mandou que ele varresse o jardim. Rikyu limpou o jardim até que não restasse nem uma folhinha fora do lugar. Ao terminar, examinou cuidadosamente o jardim impecável, cada centímetro de areia imaculadamente varrido, cada pedra no lugar, todas as plantas ajeitadas. E então, antes de apresentar o resultado ao mestre, Rikyu chacoalhou o tronco de uma cerejeira e fez caírem algumas flores que se espalharam displicentes pelo chão. Os mestres japoneses, com a cultura inspirada nos ensinamentos do taoísmo e do zen budismo perceberam que a ação humana sobre o mundo deve ser tão delicada que não impeça a verdadeira natureza das coisas de se revelar.

Considera-se, na arquitetura, o Wabi-Sabi como o slow food dos objetos. Uma forma de rearranjá-los, nos convidando à uma percepção mais fina do que move nossas escolhas materiais. O silêncio indo em oposição às soluções seriadas. Ao traduzir este pensamento, ou memória, ou espírito – damos sentido ao MORAR.

Precisamos ver a beleza que há em cultivar o que o tempo levou anos para construir, em realizar trabalhos enraizados na história e na cultura de uma pessoa, povo ou lugar.


Seus adeptos perceberam a beleza e a elegância que existe em tudo que é tocado pelo carinho do tempo - uma única rosa solta no vaso, as manchas de um espelho que pertenceu à bisavó… coisas simples que transmitem energias positivas e espiritualidade à casa.


Algumas características do movimento:
- espontaneidade;
- expermentalismo;
- orgânico, não-sintético;
- materiais naturais: madeira envelhecida, pedra, barro, lã, algodão cru, linho, caxemira, papel de arroz - em vez de materiais artificiais e/ou luxuosos: plástico laminado, mármore, placa de vidro, porcelana, poliéster, lycra;
- objetos com marcas naturais, ou do tempo;
- texturas;
- cores que se alteraram com o tempo;
- amplitude, respiração, ventilação e iluminação naturais.

Uma marca essencial do Wabi-Sabi: o silêncio. A arte do Wabi-Sabi se define pela esquecida faculdade de deixar que as coisas falem por si.

Fica então uma dica: que tal abrir os olhos para o estilo Wabi Sabi?

quarta-feira, 11 de julho de 2012

MISSÃO CASA - CASA DO ARQUITETO




O programa Missão Casa, da TVCom veio gravar aqui em casa hoje o quadro CASA DO ARQUITETO. O programa deve estrear dia 23/07, às 21h30 no canal 36 da NET. Aguardem novas informações!!!