quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Mestre da Imagem Trabalho de Irving Penn

Um dos mais importantes nomes da fotografia mundial no século XX, o americano Irving Penn faleceu no início de outubro, aos 92 anos. Completamente dinâmico, ousado e inovador, ele imprimiu seu estilo único em dezenas de capa da revista Vogue, fotografou artistas como Igor Stravinsky e Marlene Dietrich sob um fundo branco e cinza, e escreveu diversos livros para explicar sua genialidade. Com exposições em importantes museus como o Metropolitan, em Nova York, o americano deixou um legado inesgotável para o mundo das artes, da moda e da fotografia. Irving Penn se formou na University of the Arts, na Pensilvânia, em 1938, e começou a ganhar projeção quando seus desenhos e pinturas foram publicados na revista Harper's Bazaar. Ele começou sua carreira como fotógrafo no início da década de 40, e, em 1943, se tornou o diretor de arte da Vogue América. Por não conseguir que os outros fotógrafos reproduzissem suas ideias para a revista, passou ele mesmo a fazer o trabalho. Lá ele ficou por muitas décadas, produzindo mais de 150 capas. Esse fato o tornou o fotógrafo com mais capas em toda a história da publicação, e o profissional contratado por mais tempo na sua área pela poderosa Condé Nast. Em 1953 o americano abriu seu próprio estúdio de fotografia, para poder ter a liberdade criativa que o transformaria em um ícone. A simplicidade do preto e branco foi uma de suas principais marcas e, com poucos elementos, ele transformava uma imagem comum em extraordinária. Além das famosas imagens de moda, Penn era um fotógrafo de pessoas, produzindo imagens de personalidades como Picasso, Truman Capote, Colette e Marchel Duchamp, entre outros, que marcariam para sempre sua carreira. Suas imagens de cenas cotidianas também foram extremamente marcantes. O fotógrafo criou um estúdio portátil em uma tenda, onde trabalhava com uma máquina de chapas fotografando indígenas em Nova Guiné, nômades no Marrocos e habitantes do Peru. Nos anos 60 passou a se dedicar a imagens de comida e natureza morta, imprimindo seu estilo único em imagens de lixo, pontas de cigarro, roupas velhas e muitos outros elementos inusitados. As principais características do trabalho de Penn estavam na claridade, no cuidadoso arranjo das pessoas e objetos para houvesse um equilíbrio e perfeição gráfica, assim como o uso da luz baixa, e o jogo entre linha e volume. Tudo isso o transformou em um dos grandes mestres da fotografia dos últimos tempos, que utilizava sensibilidade e elegância para produzir suas icônicas imagens. Sua genialidade jamais será esquecida.

Nenhum comentário: